sexta-feira, 28 de maio de 2010

Grécia
A mitologia ilustra a importância do perfume na cultura grega, e a história confirma esse fato. Por volta de 800 a.C., as cidades de Atenas e Corinto já exportavam óleos de flores e plantas maceradas: rosa, lírio, íris, sálvia, tomilho, manjerona, menta e anis. Desde então, os aromas eram populares entre os gregos, que cultivavam a arte de utilizar óleos perfumados. Usados pelos atletas e amados pelos poetas, esses preparados tornavam ainda mais atraentes as mulheres de Atenas. Os gregos apreciavam incensos e fórmulas aromáticas, e acreditavam atrair a atenção dos deuses ao usá-los. Eles usavam perfumes até mesmo na comida: pétalas de rosas moídas eram ingredientes de receitas sofisticadas e o vinho era aromatizado com mirra, essências de flores e mel perfumado. Uma lenda cita o buquê favorito de Baco, deus do vinho: violetas, rosas e jacintos adicionados à bebida.

Babilônia

Por volta de 650 a.C a cidade da Babilônia, na Mesopotâmia, tornou-se o centro comercial de especiarias e perfumes da época. Conquistado dois séculos mais tarde por Alexandre, o grande, rei dos persas, o império caldeu tornou-se parte da civilização helênica. A influência persa na vida grega incentivou a apreciação de plantas exóticas e o uso de perfumes e incensos. Alexandre entregou sementes e mudas de plantas da Pérsia ao seu professor em Atenas, Teofrasto, que criou um jardim botânico e foi autor do primeiro tratado sobre cheiros. Esse livro detalhava receitas de preparados aromáticos e perfumes, descrevendo prazos de validade e indicando usos terapêuticos. O texto diz que os perfumes deviam ser protegidos do sol, pois a luz e o calor alteravam seu odor. Essa lição é válida até hoje. Após sua morte aos 33 anos, Alexandre foi cremado em uma pira carregada de olíbano e mirra. Graças à riqueza de alguns manuscritos, resgatados pelo historiador Heródoto, conhecemos as primeiras experiências na extração de cheiros de pétalas e folhas, e de seus usos e funções no preparo de ungüentos, loções e perfumes.